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  • Foto do escritorGabriela Braun

Detetives em ação!

Outro dia participei de uma reunião de apresentação da nova professora da turma em que meu filho esta matriculado. E logo de cara já vi que vinha coisa diferente por ali. Na parede do local onde estávamos sentamos haviam desenhos grudados com fita adesiva.

Cada desenho pertencia a uma criança diferente.

Para cada pai e mãe presentes foi distribuído um pedaço de papel com o nome do seu filho e nossa tarefa era encontrar qual desenho nosso filho havia feito. Sabe quando bate aquele friozinho na barriga e você pensa... E agora? Será que eu conheço meu filho a esse ponto? O mais engraçado é que, todos os desenhos eram diferentes. Nenhum era igual ao outro, os traços eram distintos, as formas das pessoas desenhadas eram diferentes. Cada criança com a sua habilidade e percepção do mundo desenhou como enxergava a sua família.


Circulei por todos os desenhos e com uma pontinha de convicção e outra de dúvida grudei o nome do Rafael em cima de um dos desenhos. Em seguida, a nova professora foi pegando desenho a desenho e mostrando a quem pertencia. Os pais que não acertavam, tinham a oportunidade de escolher um novo desenho. Depois de identificado corretamente, precisávamos apresentar nossos filhos, falando sobre suas principais características e habilidades.


Ao ouvir o relato dos pais e mães presentes naquela reunião me dei conta do quanto ainda precisamos nos desenvolver como pais. Sem julgamento nenhum aqui gente, até porque, me incluo nessa! Essa é apenas uma constatação do quanto precisamos desenvolver nossas habilidades de escuta ativa e observação atenta todos os dias.

Não existe uma fórmula mágica que nos ensina como educar crianças. É preciso aprender a partir das necessidades e características de cada uma e isso é um desafio diário. Porque, às vezes, temos certeza absoluta que conhecemos nossos filhos, mas na verdade, se não tivermos escuta ativa e olhar atento constante, conhecemos apenas as suas casquinhas, ou as primeiras camadas da cebola.



Então a minha pergunta para você hoje é: você conhece seu filho de verdade? Sabe do que ele gosta, do que não gosta o que lhe incomoda, quais seus sonhos, a forma como vê o mundo e, principalmente, como ele lhe vê? Esse era o desafio na reunião da escola do Rafael: descobrir como nossos filhos nos viam. E muitos se surpreenderam.


Minha opinião é que devemos vestir nossas capas de detetives, equipadas com nossos bloquinhos de anotações e partir para o campo investigativo. Anote aquilo que você percebe no seu filho. Perceba-o! O que lhe deixa com raiva? Quando ele fica frustrado? O que lhe deixa triste? Como ele reage a forma como você fala com ele? São inúmeras situações que podemos nossos filhos. Experimente, simplesmente, ficar em silencio ao seu lado, por 10, 15 minutos e vê-lo brincar. Não diga nada, apenas observe como ele se movimenta, o que ele fala como cria historias na cabeça, do que ele gosta de brincar?


Quando você conhece a pessoa que esta ao seu lado, fica mais fácil saber qual “ferramenta” usar quando ela estiver com raiva, com medo, frustrada... E, principalmente, fica mais fácil você se conectar com ela e estabelecer uma relação baseada na cooperação e confiança e não no poder. Topa o desafio? Que cor será a sua capa de detetive?


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