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  • Foto do escritorGabriela Braun

Como os filhos nos ensinam a viver


Revirando meus textos mais antigos encontrei um que escrevi quando o Rafael completou um ano de idade. E gostaria de compartilhar um pedacinho dele com vocês, porque me trouxe muitas reflexões sobre a jornada da maternidade.

“Há exatamente um ano nasceu Rafael. E, olhando as fotos e vídeos desse um ano nos demos conta do quanto uma criança muda nesse curto espaço de tempo. E do quanto nós mudamos. Rafael aprendeu a chorar (e muito), a mamar (sim, ele não nasceu sabendo...), a sorrir, a dormir (ainda está aprendendo), a segurar as coisas, a sentar, a gatinhar, a caminhar... Aprendeu tantas coisas nesse um ano... Até a nadar!E com tanto aprendizado nossa dimensão de tempo mudou. Um dia passou a ser super longo... Os primeiros meses pareciam infinitos. O choro contínuo e o cansaço nos faziam ter dúvidas se um dia voltaríamos a ser quem éramos antes. Mas descobrimos que o amor e o tempo são nossos aliados nessa empreitada que é criar um filho. Que uma noite mal dormida se apaga com um sorriso banguela.Que amamentar pode ser a melhor coisa do mundo. E a mais difícil também. Que o casamento se fortalece mas também estremece as vezes.Descobrimos que paciência é a palavra chave para o primeiro ano de um filho. Porque insegurança e ansiedade é tudo que temos. E se pudermos aprender a ter paciência a vida fica mais fácil.Rafael é um sonho realizado. Planejado com muito carinho e amor. Muito esperado e desejado. E tê-lo, hoje, conosco nos enche de orgulho.”

Faz um pouco mais de três anos que escrevi esse texto. Nessa época, eu confesso que não sabia nada a respeito de coaching. Eu acreditava, verdadeiramente, que iria me aposentar na minha profissão de bancária e que Rafael era a experiência máxima que eu teria sobre a maternidade. Um dia, uma amiga me disse: Gabriela você precisa fazer esse curso! Era um treinamento de um final de semana com imersão. Precisava ficar hospedada no hotel por um final de semana inteiro. Entravamos na sexta à noite e saíamos no domingo à tarde. Nunca, eu disse a ela. Como vou deixar o Rafael só com o pai? Ele nunca ficou longe de mim. Eu nunca fiquei longe dele! Impossível!!! A resposta dela foi que era por ele que eu deveria fazer o treinamento. Ele me faria uma mãe melhor. Esse foi o primeiro argumento. O segundo foi: você poderá dormir uma noite inteirinha!!! Pronto, convenceu!

Tem argumento melhor para uma mãe? Vai conseguir dormir e ainda por cima vai se tornar melhor para seu filho. E lá fui eu para o primeiro passo, de muitos, da jornada mais louca da minha vida. Foi ali, naquele salão de hotel, que eu comecei a pensar sobre meu papel nesse mundo e na vida do meu filho. A partir dali eu mergulhei de cabeça em cursos, livros, formações sobre maternidade e autoconhecimento. E descobri a beleza da vida refletida nos olhos de uma criança. Eu me conectei comigo mesma e descobri quem de fato eu sou. Compreendi sobre os personagens que interpretei e que fizeram parte da minha vida, me tornando quem sou hoje. E sabe o que aconteceu então? Eu consegui entender de fato qual o meu papel na vida do meu filho e mergulhar no seu mundo. Passamos a ser um novamente para podermos nos tornar seres únicos, cada um vivendo a sua essência. E a minha essência esta naquele texto escrito há três anos. Porque lá eu já entendia que a maternidade é muito mais do que amar. Maternidade é respeito pelo outro. Rafael me ensina todos os dias que a vida não é apenas sobre mim, é sobre o outro também. Maternidade é doação, é entrega, é paciência é gratidão.

Insegurança e ansiedade eram tudo o que tínhamos. E isso me fez passar por várias experiências onde nem sempre obtive o resultado desejado. Mas essa é a beleza da vida: sempre podemos tentar de novo. Hoje, eu olho pra trás e vejo quanta coisa já vivi com meu filho. O quanto aprendo com ele e o quanto tenho a oportunidade de ensinar.

Três anos atrás eu nem sonhava em ser coach de mães. Nem sonhava em fazer do meu sonho de ser uma boa mãe um pilar para ajudar outras mães. No entanto, quando nos conectamos com a nossa essência, com quem de fato somos os caminhos vão se estruturando para que possamos viver nosso propósito. E cá estou, vivendo meu sonho de poder ajudar outras mães a se descobrirem e, sobretudo, ajudarem seus filhos a ser quem de fato eles vieram ser nesse mundo. E muita gente me pergunta: Gabriela, como é isso tudo? Como funciona isso no coaching? Minha primeira resposta: É lindo e libertador. Poder viver uma vida de verdade, uma vida de propósito é libertador.


Rafael, desde muito pequeno, sempre foi apaixonado pelas estrelas. Ele olha para o céu e sempre fala: olha os “brilha” mamãe! E foi com ele que reaprendi a olhar para as estrelas. É com ele que aprendo as coisas simples da vida e pelas quais sou extremamente grata. E você, pelo que é grata?

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